Há um fenômeno que pode ocorrer após diversos procedimentos cirúrgicos odontológicos, como tratamentos de canal, extrações dentárias, colocação de implantes e cirurgias na gengiva, que muitas vezes passa despercebido, mas merece atenção especial. Este fenômeno é chamado de parestesia, que se manifesta como uma sensação de dormência ou formigamento devido à parcial perda de sensibilidade em uma área localizada da boca. Neste artigo, exploraremos mais a fundo o que é a parestesia, suas causas e como os profissionais de saúde devem estar atentos a esse fenômeno.
O Que é Parestesia?
A parestesia é uma condição que afeta a sensibilidade em uma determinada área do corpo, no contexto odontológico, na região oral. Ela pode ocorrer após procedimentos que envolvem o sistema nervoso, como a manipulação de nervos e fibras nervosas durante tratamentos dentários. É caracterizada pela sensação de dormência, formigamento ou até mesmo perda completa de sensibilidade na área afetada.
Causas da Parestesia após Procedimentos Dentários
A parestesia relacionada a procedimentos odontológicos pode ser causada por diversas razões. Uma das causas comuns é a lesão a um nervo ou fibra nervosa durante o procedimento. Isso pode ocorrer, por exemplo, durante um tratamento de canal, onde o extravasamento do material de preenchimento ou o uso do material obturador intracanal pode resultar em danos aos nervos próximos.
Além disso, procedimentos cirúrgicos periapicais, que envolvem a região da raiz do dente, também apresentam risco de parestesia. A infecção periapical, que é uma inflamação na ponta da raiz do dente, pode levar a danos aos nervos e causar a parestesia. Portanto, é essencial que os profissionais de saúde estejam cientes desses riscos e tomem precauções adequadas durante os procedimentos.
Importância da Atenção Profissional
A parestesia é uma complicação rara, mas significativa, que pode afetar a qualidade de vida do paciente. Portanto, os profissionais de saúde devem estar atentos a essa possibilidade e tomar medidas preventivas para minimizar os riscos. A revisão sistemática realizada por Flávio R. Alves, Mariana S. Coutinho e Lucio S. Gonçalves em 2014, intitulada “Endodontic-Related Facial Paresthesia: Systematic Review,” destaca a importância de entender e abordar essa questão.
Principais Sintomas
A parestesia pode se manifestar de diferentes formas, mas os principais sintomas incluem:
1. Dormência na região afetada.
2. Formigamento persistente.
3. Perda de sensibilidade na área.
4. Dificuldade em mover a língua, lábios ou bochechas.
5. Sensação de queimação leve.
Tipos de Parestesia Dentária
Existem dois tipos principais de parestesia dentária:
1. Do Sono: Esta forma ocorre quando o paciente está dormindo e muitas vezes está relacionada a problemas com a posição da mandíbula ou dos dentes durante o sono.
2. Da Vigília: Esta ocorre quando o paciente está acordado e pode estar relacionada a fatores emocionais, como estresse, ansiedade, nervosismo e concentração.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da parestesia geralmente é feito com base nos sintomas relatados pelo paciente e por meio de exames clínicos. Exames radiográficos podem ser necessários para avaliar a extensão do dano aos nervos.
O tratamento da parestesia varia dependendo da causa e da gravidade. Em alguns casos, a sensação de dormência pode ser temporária e resolver-se sozinha com o tempo. No entanto, em casos mais graves e persistentes, podem ser necessários tratamentos específicos, como orientações para autocuidado, placas oclusais rígidas, compressas quentes ou geladas, técnicas de biofeedback ou laserterapia. A escolha do tratamento adequado deve ser feita por um cirurgião-dentista capacitado e especializado em parestesia e dores orofaciais.
Conclusão
A parestesia é uma condição odontológica que merece a atenção dos profissionais de saúde e dos pacientes. Embora seja uma complicação rara, ela pode ter um impacto significativo na qualidade de vida. É essencial que os profissionais estejam cientes das causas potenciais da parestesia e tomem medidas preventivas adequadas durante os procedimentos dentários. Além disso, os pacientes devem estar cientes dos sintomas da parestesia e buscar ajuda profissional se experimentarem qualquer um deles após um procedimento odontológico. A conscientização e a educação são fundamentais para minimizar os riscos e garantir uma odontologia segura e eficaz.
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Quem é André Porporatti?
🇫🇷 Professor e Pesquisador contratado na Université de Paris (França)
😷 Cirurgião-Dentista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC
🏧 Mestre e Doutor com ênfase em DTM/Dor Orofacial pela Universidade de São Paulo (USP)
👨💻 Durante 4 anos foi Professor de graduação e pós-graduação da UFSC
🧩 Coordenador e um dos fundadores do maior Centro Multidisciplinar de Dor do Sul: o CEMDOR
🪡 Especialista em Acupuntura Tradicional Chinesa (CETN-SP)
🤝 Membro da International Association for the Study of Pain (IASP)
🤯 Membro da International Headache Society (IHS)
💪 Membro Fundador da Sociedade Brasileira de DTM e Dor Orofacial (SBDOF)
📚 Como pesquisador, já publicou mais de 90 artigos científicos internacionais durante a carreira
🌎 Já palestrou em diversos lugares pelo Brasil e até no Mundo.
🥰 É uma mente apaixonada por lecionar e por ajudar seus alunos a terem acesso a tudo o que há de mais novo no tratamento do Bruxismo e da DTM
✅ Ensinando-os de forma simples e prática, para que possam aplicar no dia a dia dos seus consultórios.
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