Dia: 19 de janeiro de 2024

  • Bruxismo afeta cerca de 30% da população mundial

    Bruxismo afeta cerca de 30% da população mundial

    Bruxismo afeta cerca de 30% da população mundial

    Matéria Publicada em Parceria com DINO

    Mais comum do que se imagina, condição pode atingir pessoas de diversas idades e é capaz de ocorrer por decorrência de doenças secundárias e fatores psicológicos como estresse e ansiedade; especialista esclarece principais tipos e sintomas

    De acordo uma pesquisa realizada pela OMS e noticiada pela Agência Brasil, o bruxismo é comum em boa parte das pessoas e cerca de 30% da população mundial sofre com tal condição – este índice pode ser ainda maior entre os brasileiros, chegando a 40%.

    O cuidado com os dentes vai muito além de questões estéticas e podem até mesmo estarem ligados à questões psicossomáticas. Ao contrário do que alguns podem imaginar, o bruxismo não é distúrbio, mas sim um comportamento ou hábito de atividade muscular mastigatória que pode acontecer durante o sono ou durante a vigília, como divulgado pelo Segundo Consenso Internacional de 2018.

    O problema que pode ocorrer em todas as idades, em muitos casos, só possui diagnóstico através de uma consulta ao dentista que poderá constatar alguns sintomas visíveis como o desgaste do dente e do esmalte, ou até mesmo relatos do próprio paciente sobre dores na mandíbula e face. 

    Para o dentista, pesquisador e professor em bruxismo André Porporatti, o comportamento que ocorre, principalmente, em vigília (acordado) tem uma relação próxima com fatores emocionais como estresse, ansiedade, nervosismo e concentração.

    Em uma população com cada vez mais índices de ansiedade, como mostra um levantamento da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), o índice de comportamento do bruxismo pode se agravar e justificar o aumento no número de pessoas que sofrem com o problema. O especialista também esclarece algumas principais dúvidas sobre o assunto:

    Quais são os principais sintomas?

    “Em primeiro lugar, o travamento de boca e dificuldades de movimentá-la ao acordar e, em segundo lugar, o desconforto, cansaço ou dor nos músculos da face. Há ainda outros sintomas comuns como: desgaste ou fratura no dente; hipertrofia muscular, podendo levar a assimetrias no rosto; dentes móveis, língua e bochechas com marcas; e, ainda, dores de cabeça pela manhã de forma recorrente.”

    Existem tipos diferentes de bruxismo?

    “Sim, atualmente existem dois tipos: do sono (que acontece quando a pessoa está dormindo) e o da vigília (quando a pessoa está acordada). Atualmente, existem estudos na literatura mostrando que o Bruxismo pode estar associado a várias doenças e fatores sistêmicos importantes, como: síndromes genéticas, como Síndrome de Down; obstrução das vias aéreas, como desvios de septo; problemas alérgicos, como asma e rinites; distúrbios do sono, como apneias do sono; refluxo gastroesofágico; Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH); drogas e medicamentos, como antidepressivos; fumo, álcool e café; estresse e fatores psicológicos, como ansiedade, nervosismo e concentração; e alterações neurológicas, como Parkinson e Alzheimer.”

    O professor André Porporatti também esclarece que antes mesmo de discutir um tipo de tratamento, é importante que uma avaliação seja feita por um Cirurgião-Dentista capacitado e especializado em bruxismo e dores orofaciais, para avaliar as possíveis causas secundárias citadas anteriormente. 

    “Após o diagnóstico correto, os tratamentos podem envolver algumas opções como: orientações para o sono, para o autocuidado, para saúde física e mental, placas oclusais (de material rígido), compressas quentes ou geladas dependendo dos sintomas, técnicas de biofeedback, laserterapia etc.”

    Para saber mais, basta acessar:  @andreporporatti

  • Mulheres são quatro vezes mais propensas a sofrer de DTM

    Mulheres são quatro vezes mais propensas a sofrer de DTM

    Mulheres são quatro vezes mais propensas a sofrer de DTM

    Matéria Publicada em Parceria com DINO

    Disfunção temporomandibular, ou DTM, pode ter causas multifatoriais. Estudos apontam que o problema na articulação temporomandibular pode se manifestar em até 70% da população, com maioria dos casos entre o gênero feminino

    Problemas relacionados à articulação temporomandibular, a ATM, afetam mais as mulheres, conforme publicado, em dezembro do ano passado, na página do Serviço Social da Indústria da Construção Civil do DF (Seconci-DF), organização que oferece serviços de medicina, segurança do trabalho e odontologia. As complicações que acometem a região são denominadas como disfunção temporomandibular (DTM) e apresentam sintomas como dor nos músculos faciais, pescoço e ombros, cefaleia e fadiga nos músculos mastigatórios. Com o problema podendo se manifestar em até 70% da população, o gênero feminino é quatro vezes mais propenso a sofrer de DTM.

    Causas multifatoriais podem desencadear a disfunção, como próteses mal adaptadas, traumas na região, doenças sistêmicas (artrite reumatoide e artrose, por exemplo) ou fatores anatômicos. A articulação, considerada uma das conexões mais complexas do corpo humano, é acionada inclusive durante o repouso, a partir de movimentos que envolvem a contração dos músculos da face, ranger de dentes e a saliva. 

    Distúrbios do sono e fatores psicossociais (como ansiedade, depressão e estresse) também podem levar a hábitos parafuncionais relacionados à disfunção, sendo o bruxismo o mais conhecido, ocorrendo um ranger involuntários dos dentes da pessoa enquanto dorme.

    André Porporatti, dentista, professor e pesquisador, alerta que os sintomas mais comuns são a sensibilidade muscular à palpação, dor muscular, ruídos ou estalos articulares na mandíbula, abertura restrita e travamentos de boca, movimentos mandibulares assimétricos, dores na cabeça e na face e sintomas otológicos (como zumbido e tamponamento no ouvido). “Qualquer problema que afete os músculos que usamos na mastigação e nas estruturas do rosto podem levar a queixas de DTM”, completa.

    Razão da maior incidência em mulheres

    De acordo com Porporatti, que é mestre e doutor com ênfase em DTM/Dor Orofacial pela Universidade de São Paulo (USP), há de se considerar que mulheres procuram mais por ajuda de saúde que homens, podendo haver uma subnotificação dos casos entre o gênero masculino. Outra explicação dada pelo cirurgião-dentista, poderia ser o fato de mulheres apresentarem maior flexibilidade nos ligamentos, seja no corpo, seja na articulação da mandíbula (ATM).

    “Mulheres, geralmente, têm mais colágeno que os homens, e o colágeno é uma substância que é muito encontrada nos ligamentos. De uma forma geral, pessoas que têm mais colágeno, tem mais hiperlassidão de ligamento e tem mais chance de ter alongamento dos ligamentos da ATM”, explica o especialista em DTM, que prossegue afirmando que “essas pessoas têm mais chance de ter deslocamento de disco com redução, de estalos, barulhos, ruídos na articulação temporomandibular. Então, a mulher tem muito mais chance de ter esse deslocamento de disco, ter esses ruídos articulares”.

    Tratamentos

    André Porporatti assegura que tratamentos conservadores fornecem resultados semelhantes aos mais agressivos, com opções terapêuticas que incluem orientações gerais, laser, termoterapia, agulhamento muscular, tratamento fisioterápico, terapia fonoaudiológica, tratamento farmacológico, dispositivos interoclusais e acupuntura. 

    “Redução da dor e da sobrecarga adversa, restauração da função e retomada das atividades normais são os objetivos dos tratamentos disponíveis”, diz o cirurgião-dentista. “Uma avaliação com um profissional capacitado no atendimento de DTM é importante para esclarecer todas as dúvidas. É necessário ficar atento”, completa.

    Mais informações podem ser conferidas em https://www.instagram.com/andreporporatti/